quarta-feira, 19 de março de 2014

A crítica do cardeal Caffara


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'Mas os papas sempre ensinaram que o poder do papa não chega a isso: sobre o matrimônio ratificado e consumado, o papa não tem nenhum poder (...)'.

'Com isso nega-se a espinha dorsal da doutrina da Igreja sobre a sexualidade. Nesse ponto, se poderia perguntar: e por que não se aprovam as coabitações livres? E por que não as relações entre homossexuais?'

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‘'Começam com os divorciados, depois vêm os casais gays’ - A crítica do cardeal Caffara



"De Bolonha, com amor: parem." Esse é o título de uma entrevista com o cardeal arcebispo de Bolonha,Carlo Caffarra, com seu passado enraizado no movimento Comunhão e Libertação, publicada nesse sábado pelo jornal Il Foglio. "Peroração do cardeal Caffarra depois do consistório e do relatório Kasper" é o subtítulo. "Não toquem no matrimônio de Cristo. Não se julga caso a caso, não se abençoa o divórcio. A hipocrisia não é misericordiosa."

A reportagem é do sítio TMNews, 15-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A respeito da proposta do cardeal Walter Kasper (acerca da possibilidade de readmitir à comunhão, depois de um período de penitência, os casais de divorciados em segunda união que o peçam), Caffara afirma: "Se a Igreja admite à Eucaristia, no entanto, deve dar um juízo de legitimidade à segunda união. É lógico. Mas, então, o que acontece com o primeiro matrimônio? O segundo, diz-se, não pode ser um verdadeiro segundo matrimônio, já que a bigamia é contra a palavra do Senhor. E o primeiro? Dissolveu-se? Mas os papas sempre ensinaram que o poder do papa não chega a isso: sobre o matrimônio ratificado e consumado, o papa não tem nenhum poder. A solução proposta leva a pensar que o primeiro matrimônio continua existindo, mas há também uma segunda forma de convivência que a Igreja legitima. Portanto, há um exercício da sexualidade humana extraconjugal que a Igreja considera como legítima. Mas com isso nega-se a espinha dorsal da doutrina da Igreja sobre a sexualidade. Nesse ponto, se poderia perguntar: e por que não se aprovam as coabitações livres? E por que não as relações entre homossexuais?"

Fonte: Unisinos


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