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“Hoje,
diz-se que todas as formas de estar juntos podem ser família. Se ‘tudo’ pode
ser família, nada é família e o que permanece é somente o ‘eu’ onde se
sacrifica tudo, família, afetos, até mesmo a própria vida”, alerta o presidente
do Conselho Pontifício para a Família.
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Para
D. Vincenzo Paglia «se tudo pode ser família, nada é família»
Cidade do
Vaticano, 05 out 2014 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para a
Família considerou que o maior desafio que se coloca à Igreja hoje é o
“individualismo” que “se exalta” e concentra “todas as instituições em si
mesmo, inclusive a família”.
“Tudo é
possível, qualquer relação estável torna-se muito pesada e então há crise no
casamento religioso como no civil e nas uniões de facto. O que vemos crescer,
especialmente nos países ocidentais, é o estar sozinho e agora esse (na minha
opinião) é o grande desafio”, considera D. Vincenzo Paglia.
Para o
prelado, este é um desafio espiritual, cultural e antropológico que depois de
“resolvido” oferece “cura para tudo”.
Na entrevista que antecede a terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, D. Vincenzo Paglia frisa que “o vírus não está nos casais, não casados ou nas uniões do mesmo sexo”, mas “envenenou a vida antes”.
Na entrevista que antecede a terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, D. Vincenzo Paglia frisa que “o vírus não está nos casais, não casados ou nas uniões do mesmo sexo”, mas “envenenou a vida antes”.
“Hoje
diz-se que todas as formas de estar juntos podem ser família. Se ‘tudo’ pode
ser família, nada é família e o que permanece é somente o ‘eu’ onde se
sacrifica tudo, família, afetos, até mesmo a própria vida”, alerta o presidente
do Conselho Pontifício para a Família.
Nesse
sentido, o arcebispo assinalou à Rádio Vaticano que se vive “uma espécie de
criação às avessas” onde pela primeira vez na história há uma “mudança radical
de civilização”, porque o trinómio “matrimónio-família-vida” nunca tinha sido
“destruído” e agora “cada indivíduo reconstrói-o como deseja”.
“O Senhor
diz à criação: não é bom que o homem esteja só. Hoje vivemos sob a convicção
oposta de que é bom que o homem esteja só, ou melhor, que todos pensem em si”,
analisa o prelado italiano.
Para o entrevistado este é o “problema básico” que interessa à família e no qual também está o futuro da humanidade.
Para o entrevistado este é o “problema básico” que interessa à família e no qual também está o futuro da humanidade.
“A tarefa
da Igreja é de dizer à sociedade que a união entre homem e mulher e a sua
geração é um património da humanidade, que não pode ser atingido, caso
contrário, teremos a decomposição da própria sociedade”, sustenta.
A terceira assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema os “desafios pastorais sobre a família”, começa hoje, com a Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, e termina no dia 19 de outubro.
A terceira assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema os “desafios pastorais sobre a família”, começa hoje, com a Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, e termina no dia 19 de outubro.
A reunião
conta com a participação de mais de 250 participantes, entre presidentes de
conferências episcopais, religiosos, responsáveis da Santa Sé, peritos e outros
convidados que partem de um documento de trabalho comum (instrumentumlaboris).
Esta
assembleia consultiva vai ser seguida por uma assembleia geral ordinária de 4 a
25 de outubro de 2015.
Fonte: Rádio Vaticano e Zguiotto
Fonte: Rádio Vaticano e Zguiotto
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